quarta-feira, 7 de maio de 2008

DQS

Tarefa nossa de cada dia

Lembro-me como se fosse hoje. Isso, no início dos anos 60. A sala de reunião estava repleta de companheiros e damas rotárias, além de familiares dos companheiros, convidados ilustres e visitantes que abrilhantavam a reunião festiva, realizada pelo clube, sempre na última reunião do mês.

Um toque de muita beleza era marcado pelo bom gosto da ornamentação do salão e pela elegância dos trajes tanto dos homens quanto das senhoras. Poderia até dizer que havia um verdadeiro desfile de moda, no entanto prefiro dizer que era o costume da época.

Havia muita representatividade. Os principais líderes da cidade eram rotarianos.

A aprovação de um novo sócio era bastante rigorosa e muitos aguardavam um bom tempo para serem convidados.

As reuniões não eram improvisadas, ao contrário, seguia uma pauta que as tornavam agradáveis e objetivas.

Será que houve com o passar do tempo alguma mudança na nossa maneira de proceder como rotariano?

Será que o Rotary de hoje é diferente do Rotary daquela época?

Estas duas interrogativas merecem um estudo mais profundo.

Realmente com o passar do tempo, não somente os rotarianos, mas toda a sociedade mudou em função do avanço tecnológico e principalmente com a velocidade da informação nos dias de hoje, entre outras razões.

Da mesma forma o Rotary teve que se adaptar a novas situações como também outras instituições o fizeram.

Se o Rotary mudou para se atualizar, não perdeu em momento algum o seu foco que é servir sem restrição. Seus objetivos continuam os mesmos, claros e definidos a favor de uma sociedade mais justa e mais humana.

O que se observa, e é preocupante, é que apesar do aumento populacional, os clubes em sua maioria não têm conseguido aumentar o seu quadro social.

Muitos até justificam dizendo que não é só o Rotary que passa por essa situação. Outras instituições também estão enfraquecidas.

De fato essa afirmativa é verdadeira menos para as instituições religiosas, que crescem vertiginosamente em todo mundo.

Estamos diante de um grande desafio. Será possível mudar esse quadro? Claro que sim. O primeiro passo é mudar a estratégia até agora utilizada.

De uma coisa estamos conscientes: Para sobrevivência da nossa instituição é imperioso que haja o Desenvolvimento do Quadro Social (DQS) o mais rápido possível.

A estratégia até agora usada tem falha na forma da abordagem. A maioria dos rotarianos não está devidamente preparada para essa importante tarefa.

O Desenvolvimento do Quadro Social deve ser prioridade do clube enquanto for necessário. Assim, todos os companheiros têm que estar envolvidos neste projeto.

Alguns passos importantes podem ser sugeridos aos clubes:

. Implantar o PLC se ainda não foi implantado;
. Planejar com os membros do clube uma estratégia adequada de abordagem;
. Homenagear profissionais da comunidade aproveitando as datas comemorativas;
. Preparar o clube para receberem convidados;
. Divulgar, por todos os meios possíveis, os serviços prestados pelo Rotary;

Estas e outras ações, colocadas em prática, trarão resultados bem satisfatórios para o clube. Se cada companheiro aproveitar bem a oportunidade que tem para divulgar o trabalho do Rotary, mais rapidamente atingiremos a meta desejada.

Esta é uma tarefa nossa de cada dia.

Satyro de Souza é membro do RC Uberlândia Cidade Jardim e EGA 2006/2007 da Área IV do Distrito 4770.

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